Quanto vale o seu tempo? - Resenha crítica - Fábio Ennor Fernandes
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Quanto vale o seu tempo? - resenha crítica

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Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5544-138-3

Editora: Gente

Resenha crítica

Todas as horas do dia estão alugadas

Para a maior parte das pessoas, o trabalho aparece na frente de qualquer outra necessidade. Os dias são entediantes e corridos no país com mais ansiosos no mundo. Quase ninguém escolhe a vida que vive, com a maioria apenas aceitando passivamente o seu destino. 

O tipo de emprego certo, morar em uma boa cidade, ganhar dinheiro para comprar uma casa e pagar uma escola particular para os filhos. Assim, as horas do dia ficam todas alugadas para financiar uma vida que talvez nem queiramos tanto. Só seremos genuinamente felizes se formos donos do nosso tempo.

O autor conta como sua rotina era sofrida por precisar acordar antes do amanhecer na juventude, graças às necessidades do trabalho. Porém, ele percebeu que não precisava de todo dinheiro do mundo, e sim, de não ficar sem dinheiro. Também precisava de uma fonte de renda flexível, que o permitisse ser dono de sua rotina e se sustentar em alguma cidade do interior.

Enquanto respirar, é possível mudar

Durante essa reflexão, o autor chegou a duas conclusões. A primeira é: “não era nem para eu estar aqui”. A mãe de Fábio o teve em uma gravidez de risco, aos 42 anos. Ele quase não nasceu muitas vezes. Pensar que estar no mundo é um milagre o fez perceber que, dali para a frente, tudo era lucro.

Por isso, não dá para reclamar da vida. A segunda conclusão é: “a vida passa rápido”. É um sopro. Não faz sentido desperdiçar com uma vida que não tem nada a ver conosco. Ao observar os outros jogando o próprio tempo fora, Fábio decidiu mudar, entendendo que a mudança é a chave.

Nunca é tarde para isso. Enquanto você respirar é possível mudar, mesmo que seja só de perspectiva ou de opinião. Cada segundo é uma nova chance. Em algum momento, é importante acordar na hora que você quer e ser dono do seu próprio tempo.

A importância de saber lidar com gente

O foco do autor é em levar uma vida mais leve. Isso é importante porque é possível encontrar pessoas brilhantes que sofrem com o estresse e as cobranças desnecessárias. Fábio conta como passou por várias empresas e percebeu a quantidade de pessoas inseguras, estressadas e invejosas. 

Por isso, a habilidade mais importante que desenvolveu foi a de lidar com gente. Esse sempre foi seu atalho para o crescimento. A dica do autor é exercitar sua capacidade de ouvir as pessoas e aprender com elas. Você vai perceber que o padrão delas é viver no piloto automático e cultivar uma vida que não gosta.

Se esse é o seu caso, é preciso mudar. Afinal, o principal interessado na sua felicidade é você mesmo. Por isso, é o único responsável por ela. Uma simples forma de recomeçar é pensar em qual hora você gostaria de acordar ou refletir sobre como seria seu dia ideal.

Gastamos para compensar a falta de um dia ideal

Faça o exercício de imaginar como seria seu dia ideal. Em seguida, veja o quanto custa. Às vezes, um dia na sua vida imaginária não é tão mais caro quanto o da sua vida real. Veja o valor por mês e por ano. Talvez você se assuste caso perceba que o ano ideal custa menos do que o que você já gasta.

Isso é explicado pelo fato de gastarmos muito para compensar a falta de um dia ideal preenchendo nossos corações. Agora, você pode se perguntar como viabilizar isso. Reflita sobre o mínimo esforço possível para aproximar você de uma vida que é a sua cara.

Por fim, veja se seu emprego atual é a única forma de chegar lá. Talvez você não queira sair da sua profissão porque tem pessoas que dependem da renda do seu trabalho. Mas pense que o outro nunca pode ser uma desculpa para sua infelicidade.

Tempo é mais precioso que dinheiro

Você já deve ter na cabeça o número mágico da quantidade de dinheiro que precisa produzir por dia e, como consequência, por mês, para ter uma vida de dias ideais. A chave agora passa ser conseguir esse valor. Primeiro, escolha a vida que quer. Depois, compreenda como fechar a conta.

Aqui, a regra é buscar o máximo de dinheiro com o mínimo de esforço. Para o autor, é preciso ser muito sortudo para ganhar dinheiro e ser apaixonado pelo que faz. Se esse não for o seu caso, o caminho é comprar o tempo e, com ele, fazer o que quiser. 

Afinal, a ideia de que tempo é dinheiro é um mito. Na verdade, o tempo é muito mais valioso do que o dinheiro, já que não é um recurso renovável. Se você usa o tempo mal, ele se vai para sempre. Há quem gaste esse recurso como faz com a luz ou a água.

Quanto mais, melhor?

Às vezes, precisamos agir, mesmo sem conhecer plenamente o trajeto. No fundo, não existe caminho prévio. A rota é algo que fazemos ao andar. O ponto mais importante do trajeto é o fato de nos divertirmos com ele. O autor defende que podemos ser ricos sem ter muito dinheiro.

Basta que tenhamos abundância no que nos faz feliz. Para Fábio, é tempo. Ter horas de sobra para se divertir com a família é o que o faz se sentir rico. Devemos olhar com restrições a ideia do “quanto mais melhor” e o foco em acumular.

Ainda assim, embora o dinheiro não compre a paz, ficar sem ele é comprovadamente ruim. Isso acontece porque torna tudo mais difícil e lento. Por isso, não passar aperto é algo que também pode fazer parte do seu plano para o futuro ideal. O dinheiro não precisa ser o centro da sua vida, mas também não pode ficar fora do seu planejamento.

O método das caixinhas

Já passamos da metade deste microbook e o autor se revela um adepto da departamentalização de problemas. A ideia é imaginar caixinhas para os assuntos mais importantes da vida. Por exemplo, a caixinha dos pais, a da escola e a da namorada. 

Assim, quando surgia um problema em alguma área da vida, Fábio não deixava que ele contaminasse as outras. Cada questão ficava restrita a seu departamento mental, como em uma empresa. Se Fábio envolvesse a mãe em um problema do pai, por exemplo, iria sofrer em duas áreas da vida. Sempre que possível, o autor repassa mentalmente as caixinhas.

Analise se a saúde, a família e a esposa estão bem. Uma solução simples que Fábio acredita ser uma eficiente resolvedora de problemas é o sorriso. Esse é o que acredita ser seu talento nato. O sorriso diminui a chance de sermos agredidos ou maltratados, além de ser um eficiente abridor de portas e levantador de ânimos.

Plante sementes em todo lugar

Para o pessoal da alta performance, metas podem ser genuinamente úteis. Mas não é o caso de Fábio, que rejeita objetivos exigentes porque comprometem a lógica de uma vida leve. Para a vida que o autor planejou, não é preciso atingir 100% da performance. 70% já seria bom o suficiente.

Fábio acredita que é melhor fazer o que pode, ainda que imperfeitamente, e cultivar na vida pessoal tempo, divertimento, leveza e liberdade. Por isso, seu foco é a leveza produtiva. Isso significa fazer o máximo na intensidade que gosta. Assim, não faz sentido se dedicar e ficar ansioso para fazer mais do que gostaria.

Quando deixamos de ser obcecados pelas metas, passamos a ouvir os sinais da vida e ficamos livres para ser de fato úteis aos outros e plantar sementes em todo lugar. Uma pessoa que ajudamos de forma despropositada pode ser justamente a que vai abrir as portas para alcançar a vida ideal.

A magia das vendas

Primeiro é preciso se perguntar o estilo de vida que você quer e, depois, saber como a conta vai ser paga. A resposta de Fábio foi: vendas. Seu objetivo era acordar a hora que quisesse todos os dias, sem necessariamente ser rico, mas também sem passar dificuldades financeiras.

Sua dúvida era o que poderia produzir que desse lucro suficiente para não precisar trabalhar com o que não quer das oito da manhã às oito da noite. A solução inicial foi mergulhar no universo das vendas e trabalhar com a representação comercial.

A proposta de Fábio era entrar em contato com empresas, propôr aumentar as vendas e ganhar um pouco da receita. É um mercado farto de oportunidades que abriu as portas para o empreendedorismo a Fábio. O vendedor criou uma empresa no nicho de frutas congeladas e passou a negociar com empresas da Espanha. A “Rottus”, nome da marca, ganhou projeção no ramo.

O poder do sorriso no rosto

Fábio é uma pessoa que gosta de dar chance para a sorte. Isso significa ajudar tantas pessoas quanto der, frequentar um número alto de eventos e multiplicar seus relacionamentos. Daí, nasceu o “Walking Together”, sua iniciativa para conectar pessoas relevantes que estão distantes dos grandes centros.

O objetivo do movimento é inaugurar a era da generosidade, em que todos se ajudam para construir um mundo melhor. A iniciativa promove encontros leves e informais, unindo gente interessante que está fora dos holofotes. O sorriso no rosto e o talento para o networking abriu ainda mais portas para o sucesso de Fábio.

Quando estava no Centro de Empreendedorismo da FGV, seu amplo círculo social o apresentou a João Dória. O empresário era fundador do LIDE, um grupo de líderes empresariais que reunia boa parte do PIB privado do Brasil. Logo, os dois se tornaram amigos e João recrutou Fábio para ser uma das lideranças do projeto.

O tempo é a verdadeira remuneração

Para Fábio, a vida funciona de forma simples. Basta sorrir para o mundo e ter atitude. Deus não ajuda só quem cedo madruga. Na verdade, ajuda, principalmente, os que também gostam de ajudar os outros. O autor não se considera tão espetacular quanto quem, por exemplo, fundou o Google.

Afinal, o que o levou a empreender foi a busca por não acordar cedo. O autor é apaixonado pela vida comum e tem como principal alvo passar os dias bem. Essa leveza o ajudou com as vendas, já que é um ramo que depende basicamente de relacionamentos. 

Todo o sucesso veio quando se perguntou pelo que agradeceria quando tivesse 104 anos. O foco de Fábio é trabalhar por tempo, não por dinheiro. Com horas livres, você pode fazer o que quiser, mesmo que seja nada. Pode desde assistir seu programa favorito na televisão até fazer alguma atividade voluntária para ajudar a mudar o mundo. Agora você tem essa escolha.

Quanto vale o seu tempo?

O sono é transformador. Quase metade dos brasileiros dorme mal e esse número pode dobrar por causa do estilo de vida digital dos jovens. Dormir mais faz bem até para as empresas dos que empreendem. Isso traz criatividade, bom humor e disposição. Mas essas coisas só são possíveis se você for dono do seu tempo.

Fábio ainda conta como a atitude positiva foi útil. Afinal, todos temos problemas. O céu de brigadeiro não aparece sempre. Mas, por cima das nuvens, temos que nos lembrar de que há sol. Isso faz com que ele sempre busque a diversão em tudo.

O autor conta como o tempo é o assunto fundamental da existência. Olha para seu estilo de vida com frequência e se pergunta o que pensaria caso estivesse em seu último dia. Caso não goste da resposta, ajuste seu estilo de vida até gostar.

Notas finais

O mundo corporativo e do empreendedorismo coloca as pessoas em uma corrida por dinheiro e por performance. Fábio prova que esses não são, necessariamente, os melhores marcadores de sucesso. Você pode ter uma vida leve e passar muito tempo com a família sendo, ainda assim, extremamente bem-sucedido para seus padrões.

Dica do 12min

Fábio Ennor Fernandes contou os segredos para ser dono do seu tempo. Mas ser capaz de contar sua história e convencer pessoas é uma habilidade que pode ser útil na busca para financiar sua vida ideal. É o que ensina Carmine Gallo, no microbook Storytelling. Você pode ver aqui, no 12min.

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Quem escreveu o livro?

Fábio é adepto da vida descomplicada e da felicidade na jornada como estilo de vida. Sua fórmula, aparentemente simples, catalisa um círculo virtuoso de sucesso profissional e pessoal. Agora você p... (Leia mais)

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